Série de Poèmes: Y avait une lampe de cuivre de Boris Vian

“Y avait une lampe de cuivre” de Boris Vian foi o poema escolhido para hoje. Je te demande: Es-tu prêts?

 

Poemas, em nosso dia a dia severo e pesado, são a forma mais simples e leve de fugir da realidade. Escrevemos porque nos importamos o suficiente para criarmos versos, rimas, prosas e musicalidade. Choramos, damos risada e sentimos sensações indescritíveis ao lermos algo que realmente nos toca o coração. Se você, assim como eu, gosta de ler poemas numa tarde chuvosa enquanto toma um café quentinho, saiba que esse projeto foi feito especialmente para você.


Essa nova série de poemas é nada mais, nada menos do que um poema francês lido por mim, Elisa, e explicado cada verso, 100% em francês, mas de forma simples. Os poemas poderão ser longos ou curtos, felizes ou tristes, conhecidos ou desconhecidos, contudo, independente de como sejam, todos serão franceses e/ou francófonos.

 

E você que me acompanha pelo Podcast (Fale francês avec Elisa) ou pelo blog, poderá acompanhar esse projeto que carinhosamente criei para que a cultura francesa e francófona seja ainda mais divulgada. Assim como a leitura do Le Petit Prince e Oscar et la Dame Rose será disponibilizada pelo podcast e a leitura pelo blog, o mesmo acontecerá com os poemas que selecionarei para ler.


Es-tu prêts?

 

A minha intenção é que você, além de treinar sua audição e leitura de maneira prazerosa, possa conhecer mais sobre a literatura francesa e francófona, afinal, com mais de 50 países falando a língua francesa como primeira língua, é inimaginável que alguém possa conhecer todo o vasto conteúdo que o francês tem para nos proporcionar.

Assim dito, hoje, o primeiro poema desse querido projeto será o “Y avait une lampe de cuivre” de Boris Vian.

 

Boris Vian

 

Boris Paul Vian foi um Polimata que nasceu em Ville-d’Avray de 1920, em Paris. Caso você não saiba, Polimata são pessoas que cujo conhecimento não está restrito a uma única área. Boris sofreu problemas de saúde e ficou em casa até a idade de 5 anos, sendo educado provavelmente pela família ou governantas. Durante os anos de 1926 e 1932, Boris estudou num pequeno liceu e também no Liceu de Sévres, focando principalmente no estudo de diversas línguas (como latim, grego e alemão).

 

Boris sempre teve a sáude muito fácil, por isso aos doze anos  desenvolveu uma febre reumática e logo depois febre tifóide, além de anos mais tarde ser dispensado do serviço militar. Além de ser poeta, Boris Vian também foi engenheiro, escritor, tradutor e cantor.

 

A estética de

Boris Vian

 

A estética da sua escrita, no geral, caracterizou-se por possuir várias palavras inventadas assim também é altamente individual. Além disso, Boris utilizava bastante enredos surrealistas que se passavam num universo próprio. Um bom exemplo disso é o romance “Outono em Pequim”, onde o poeta e escritor não faz uso da cidade de Pequim e muito menos o enredo se passa no outono.

 

Antes de ler o poema que disponibilizarei, peço que escute o áudio que colocarei aqui. Escutem uma, duas, três vezes ser for possível antes de partirem para a leitura. Tentem compreender o que é dito e, após partirem para a leitura, tentem compreender o significado por trás das palavras de Boris Vian.

Y avait une lampe de cuivre

Y avait une lampe de cuivre

Qui brûlait depuis des années

Y avait un miroir enchanté

Et l’on y voyait le visage

Le visage que l’on aurait

Sur le lit doré de la mort

 

Y avait un livre de cuir bleu
Où tenaient le ciel et la Terre
L’eau, le feu, les treize mystères
Un sablier filait le temps
Sur son aiguille de poussière

 

Y avait une lourde serrure
Qui crochait sa dure morsure
À la porte de chêne épais
Fermant la tour à tout jamais
Sur la chambre ronde, la table
La voûte d’eau chaude, la fenêtre
Aux verres enchâssés de plomb
Et les rats grimpaient dans le lierre
Tout autour de la tour de pierre
Où le soleil ne venait plus

 

C’était vraiment horriblement romantique

Agora, me digam: o que acharam desse projeto? Gostaram do poema de Boris Vian? Existe algum poema em francês que você ama? Me conte aqui nos comentários! E não se esqueçam de seguir o Podcast do Avec Elisa: “Fale francês avec Elisa” no Spotify, Deezer, Anchor e entre outras plataformas! e a minha conta no Instagram!

 

Bisous,

 

Elisa.

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